Conheça a bizarra história do surto que fazia as pessoas dançarem até a morte


Os indivíduos afetados dançavam compulsivamente sem parar e, como consequência, a maioria acabou falecendo em virtude de ataques cardíacos, derrames e cansaço. A mulher que apresentou os primeiros sintomas sucumbiu após um período entre quatro e seis dias de atividade incessante.
Músicos e profissionais
As autoridades locais, ao não saberem como lidar com a situação, acreditavam que a dançomania só podia ser curada se as pessoas dançassem até que o desejo se esgotasse. Inclusive foram liberados espaços nas prefeituras, e músicos e dançarinos profissionais foram contratados para acompanhar os maníacos.


Depois de um mês, cerca de 400 pessoas tinham sido afetadas pelo surto, e como ele parecia não ter fim, as autoridades decidiram enviar os dançomaníacos a um santuário para que implorassem pela cura. O evento de 1518 durou aproximadamente dois meses até que a epidemia se dissipasse, e o mais curioso é que este, embora seja um dos episódios melhor documentados da História, não foi o único.
Possíveis explicações


Outros surtos parecidos aconteceram pela Europa, sendo que um deles, ocorrido em 1374, chegou a se espalhar por diversas cidades da Bélgica, Luxemburgo e noroeste da França. Mas, por que, afinal, algumas pessoas eram consumidas por uma vontade incontrolável de dançar? A crença popular é a de que os afetados provavelmente haviam ingerido uma espécie de fungo com ação psicotrópica que infecta cereais como o centeio.
Outra crença é a de que os envolvidos faziam parte de um culto herético e, ainda, que a dançomania era, na verdade, um caso de histeria coletiva. Contudo, hoje em dia a teoria mais aceita é de que as pessoas afetadas se encontravam em uma espécie de transe. Segundo os especialistas, as pessoas mais susceptíveis a sofrer dessa condição normalmente se encontram sob estresse psicológico ou acreditam na possibilidade de possessão espiritual.

Praga divina


Aparentemente, ambas as situações podiam ser observadas na população de Estrasburgo de então. Os pobres estavam atravessando um período de fome extrema e doenças, sem contar que muitos eram devotos de São Vito e temiam a sua maldição. Portanto, os habitantes acreditavam que se o santo fosse provocado, ele lançaria a sua ira na forma de uma praga que provocava a compulsão por dançar.
Conforme explicaram os especialistas, como a população se encontrava em um estado psicológico profundamente vulnerável e temia a praga de São Vito, muitos acabaram entrando em estado de transe, dançando enlouquecidamente durante vários dias. A epidemia, portanto, foi provavelmente provocada por uma combinação de medo e desespero.
Os surtos de dançomania acabaram desaparecendo conforme algumas partes da Europa foram se tornando protestantes, a crença em santos deixada de lado e o medo do sobrenatural começou a desaparecer. No entanto, embora a Epidemia de Dança de 1518 tenha ocorrido há meio milênio, esse evento ainda serve de curioso exemplo sobre a incrível estranheza do cérebro humano.

Fonte: Megacurioso
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