Cientistas descobrem a entrada para o mundo subterrâneo (Hades).

Cientistas italianos descobriram a porta para o ‘inferno’. Calma, não se trata de um sinal do apocalipse. Na verdade, um grupo de arqueólogos italianos encontrou ruínas de um antigo templo que a tradição romana diz abrigar um portal para o mundo inferior, o hades.
Segundo registros históricos, qualquer animal que entrasse no local, cheio de um vapor nebuloso e denso, encontrava a morte instantânea
Segundo escritos de cerca de dois mil anos, esse templo estaria localizado próximo à antiga cidade romana de Hierápolis (perto da atual Pamukkale, na Turquia). Dedicado a Hades (Plutão) e Perséfone (Core), ele abrigaria uma espécie de caverna com vapores altamente mortais, a tal ‘porta do inferno’ – descrita pelo historiador grego Strabo como um local "cheio de um vapor tão nebuloso e denso que dificilmente era possível ver o chão" e no qual "qualquer animal que entre encontra a morte instantânea".
Lugar bacana, não é? Pois bem, naqueles tempos a cidade estava na rota de muitos peregrinos que circulavam pela região. Conforme o arqueólogo Francesco D'Andria, da Universidade de Salento (Itália), declarou ao Discovery News, a maioria dos visitantes do templo vinha em busca da água da fonte existente no local, capaz de produzir profecias e visões em sonhos – e ainda aproveitava as fontes termais das proximidades.
A descoberta do complexo foi feita a partir da reconstrução das rotas para essas fontes. Em meio às muitas ruínas do local, os italianos identificaram um templo dedicado às deidades do hades e evidências arquitetônicas que batem com as descrições históricas.
Portão de Plutão
 
Fora seu aspecto místico, a letalidade da caverna era quase ‘turística’: os pesquisadores explicam que, apesar de serem proibidos de se aproximar da entrada, os peregrinos assistiam aos ritos dos degraus e recebiam pequenas aves para serem levadas até a abertura e comprovar os efeitos fatais.
Os peregrinos assistiam aos ritos dos degraus e recebiam pequenas aves para serem levadas até a abertura e comprovar os efeitos fatais
Os sacerdotes também bebiam da água alucinógena e sacrificavam touros em honra a Plutão. Os próprios arqueólogos comprovaram os efeitos dos vapores durante as escavações: diversos pássaros que se aproximaram da abertura quente morriam imediatamente com o vapor tóxico.
Segundo D'Andria, a descoberta é excepcional por confirmar informações que só existiam em fontes históricas muito antigas. Ele explica que o templo era popular até o século 4 e foi visitado até o século 6. Com o crescimento do catolicismo, no entanto, acabou abandonado – e, posteriormente, destruído por terremotos e intempéries.
Os pesquisadores trabalham, agora, na reconstrução digital do local. Essa não foi a primeira descoberta polêmica e mística do grupo: dois anos atrás, eles anunciaram ter encontrado, na mesma região, um túmulo que pode ter pertencido ao apóstolo Felipe, um dos doze discípulos de Jesus Cristo, segundo a Bíblia.
 
Fonte; Ciência Hoje
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