Quando as pessoas pensam na Coreia do Norte, a sensação é de medo. Tropas marchando, câmeras de segurança, ogivas nucleares, mísseis apocalípticos, tudo no mesmo lugar, ao mesmo tempo. A provável guerra contra os EUA não melhora muita essa imagem, mas há um traço pouco comentado a respeito do país na mídia internacional – a sua relação com a maconha. Para o país mais fechado do mundo, maconha não é motivo de tabu: norte-coreanos fumam tranquilamente pelas ruas e plantam a erva em seus jardins
A repressão contra as drogas é levada a sério. Em 2010, quando a meta anfetamina – substância que tem causado estragos nos EUA comparáveis aos do crack no Brasil – começou a virar moda no país, as autoridades cravaram placas nas calçadas dizendo que a punição para quem fosse flagrado consumindo drogas seria “a tropa de fuzilamento” – se tratando de Coreia do Norte, é claro que não se trata de uma força de expressão. O problema é que, pra eles, a maconha não é droga.
De acordo com Benjamin Young, jornalista que escreveu um relato para o site NKNews, não há “absolutamente nenhum tabu em relação a droga”: os mais de 1 milhão de soldados do país preferem a maconha ao cigarro, que costuma ser a válvula de escape preferida dos pelotões ocidentais e comprar é bem fácil, já que se conta com improvável vista grossa da onipresente presença do Estado. Mas, se o tabu não existe, ele conta com pelo menos dois tipos diferentes de exceção. O primeiro são os estrangeiros: se você perguntar para o seu intérprete (que é também uma espécie de espião e vai aonde você for) qual o melhor lugar pra comprar maconha, ele vai desconversar. E a outra é o falecido ditador Kim Jong-il e seu filho, Kim-Jong-Un. Como a erva costuma ser enrolada em folhas de jornal, as fotos dos líderes do país são meticulosamente retiradas antes do cigarro artesanal ser enrolado e aceso.
No verbete “Legalidade da cannabis por país” do Wikipedia em inglês está lá: tanto posse, como cultivo, transporte e venda são legais . É comum ver arbustos de maconha na beira das ruas e estradas e as pessoas fumam livremente pela cidade. A qualidade do cigarro vendido por lá é baixa, então a maconha acaba sendo uma das principais formas dos trabalhadores desanuviarem a pressão de se viver em um regime tão autoritário e impregnado de vigilância e hostilidade.
Acredita-se que essa naturalidade com que a maconha é encarada por lá tenha origem no mesmo país para o qual os mísseis norte coreanos apontam nesse momento. Durante a Guerra da Coreia, no início dos anos 50, soldados americanos costumavam fumar nas trincheiras, entre uma batalha e outra. Exatamente como seus atuais inimigos estão fazendo em algum lugar de Pyongyang nesses tensos instantes pré-guerra.
Fonte; Revista Galileu
A repressão contra as drogas é levada a sério. Em 2010, quando a meta anfetamina – substância que tem causado estragos nos EUA comparáveis aos do crack no Brasil – começou a virar moda no país, as autoridades cravaram placas nas calçadas dizendo que a punição para quem fosse flagrado consumindo drogas seria “a tropa de fuzilamento” – se tratando de Coreia do Norte, é claro que não se trata de uma força de expressão. O problema é que, pra eles, a maconha não é droga.
De acordo com Benjamin Young, jornalista que escreveu um relato para o site NKNews, não há “absolutamente nenhum tabu em relação a droga”: os mais de 1 milhão de soldados do país preferem a maconha ao cigarro, que costuma ser a válvula de escape preferida dos pelotões ocidentais e comprar é bem fácil, já que se conta com improvável vista grossa da onipresente presença do Estado. Mas, se o tabu não existe, ele conta com pelo menos dois tipos diferentes de exceção. O primeiro são os estrangeiros: se você perguntar para o seu intérprete (que é também uma espécie de espião e vai aonde você for) qual o melhor lugar pra comprar maconha, ele vai desconversar. E a outra é o falecido ditador Kim Jong-il e seu filho, Kim-Jong-Un. Como a erva costuma ser enrolada em folhas de jornal, as fotos dos líderes do país são meticulosamente retiradas antes do cigarro artesanal ser enrolado e aceso.
No verbete “Legalidade da cannabis por país” do Wikipedia em inglês está lá: tanto posse, como cultivo, transporte e venda são legais . É comum ver arbustos de maconha na beira das ruas e estradas e as pessoas fumam livremente pela cidade. A qualidade do cigarro vendido por lá é baixa, então a maconha acaba sendo uma das principais formas dos trabalhadores desanuviarem a pressão de se viver em um regime tão autoritário e impregnado de vigilância e hostilidade.
Acredita-se que essa naturalidade com que a maconha é encarada por lá tenha origem no mesmo país para o qual os mísseis norte coreanos apontam nesse momento. Durante a Guerra da Coreia, no início dos anos 50, soldados americanos costumavam fumar nas trincheiras, entre uma batalha e outra. Exatamente como seus atuais inimigos estão fazendo em algum lugar de Pyongyang nesses tensos instantes pré-guerra.
Fonte; Revista Galileu
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