10. Lagartixa camuflada
Algumas das lagartixas moradoras de Madagascar são mestres da camuflagem. Cada espécie dessa família tem sua própria maneira de misturar com seu entorno; algumas imitam folhas em decomposição, outras parecem cascas de árvore. Sua coloração e luz refletem modificações corporais e as tornam quase invisíveis para outras criaturas durante o dia. Existem mais de 10 espécies dessa “lagartixa camaleão”, todas endêmicas de Madagascar e ilhas circundantes. A maior delas, o Uroplatus giganteus, usa sua capacidade de mudar de cor e “enrugar” a pele em torno de suas pernas, corpo e pescoço para camuflar-se entre galhos de árvores.
9. Traça cometa
As asas coloridas da traça Argema mittrei, chamada de traça cometa, podem atingir 20 centímetros, enquanto sua cauda pode crescer até 15 centímetros. Uma vez que estes insetos atingem a idade adulta, não podem se alimentar e vivem por apenas quatro a cinco dias. No entanto, são capazes de se reproduzir a partir do primeiro dia em que emergem de seus casulos, e as fêmeas podem colocar até 170 ovos. As lagartas alimentam-se de folhas de eucalipto frescas e têm um período de pupação de dois a seis meses; seus casulos têm pequenos buracos para evitar afogamentos nas florestas tropicais úmidas.
8. Rã-tomate
Rãs-tomate são predadoras de emboscada, encontradas somente nas partes mais úmidas do norte de Madagascar. Elas atacam principalmente insetos, mas podem comer qualquer coisa que caiba em suas bocas. Embora sejam rãs (com a distintiva pele lisa, e tudo o mais), esses animais também possuem várias características de sapo, como pés não palmípedes (interligados por membranas) e habilidade de secretar um irritante látex venenoso, como a maioria dos sapos faz. Apenas as fêmeas possuem a coloração forte que dá a essas rãs seu nome. Os machos são marrons.
7. Aie-aie
Estes primatas noturnos são bem adaptados à vida nas árvores: seus dedões dos pés e caudas são mais longos do que seus corpos, permitindo-lhes se pendurar em ramos. Mais notavelmente, aie-aies são os únicos primatas que usam ecolocalização para encontrar suas presas. Seus dedos médios longos tocam as árvores e “ouvem” larvas de insetos, para depois desenterrarem-nas e comê-las. Suas orelhas sensíveis e olhos grandes podem ser úteis para encontrar comida, mas essa aparência bizarra fez com que os habitantes de Madagascar os considerassem um presságio de má sorte. Assim, como muitos outros animais da região, eles estão atualmente ameaçados de extinção.
6. Tenrecídeos aquáticos
Tenrecídeos aquáticos estão entre as espécies mais esquivas do mundo. Eles só podem ser encontrados em 10 locais em Madagascar, e como atingem no máximo 17 centímetros de comprimento, são difíceis de detectar. Há uma série de espécies de tenrecídeos na área, mas os aquáticos são exclusivos por suas adaptações: seus músculos posteriores possuem membros grandes e seus pés são palmados para facilitar a natação. Eles nadam por corpos de água rasos a procura de insetos e girinos, esfregando as vibrissas sensíveis de seus focinhos contra o fundo. Assim que localizam suas presas, as arrastam para a superfície.
5. Camaleão-pantera
Como outros camaleões, camaleões-pantera mudam de cor de acordo com seu humor. Eles possuem geralmente cores vibrantes, especialmente os machos. É até possível dizer a localização de um camaleão-pantera por sua coloração; por exemplo, os machos da costa noroeste são conhecidos como “panteras cor de rosa”, porque normalmente são de um rosa brilhante com uma faixa amarelo-branca em seu flanco. Mas não são apenas suas cores que fazem dessas criaturas maravilhosas. Elas também têm a capacidade de rodar e focar seus olhos de maneira independente um do outro, para observar simultaneamente dois objetos. Quando avistam suas presas, camaleões-pantera viram a cabeça para fixar ambos os olhos no alvo antes de golpeá-lo com suas línguas pegajosas. Sua língua por sua vez cria um efeito de sucção quando atinge a presa, que se alia com sua viscosidade inata para evitar que ela escape.
4. Zarro-comum
Zarro-comum é o pato mais raro do mundo. Estes patos de mergulho se alimentam de invertebrados, sementes e plantas aquáticas e podem ficar submersos por até dois minutos. Essa frase teria sido escrita no pretérito até 2006, porque a espécie foi considerada extinta antes de uma pequena população de 22 indivíduos ser encontrada no lago Matsaborimena. Devido a um extenso programa iniciado em 2009, a população quadruplicou desde então, com patinhos criados em cativeiro e soltos na natureza. Os zarros ainda estão lutando por sua existência, no entanto. O lago não é um habitat ideal para eles, e há preocupações de que exista muito pouca comida para todos os patinhos sobreviverem.
3. Fossa
É um cão? É um gato? Não, é uma fossa, um dos poucos predadores nativos de Madagascar. Até recentemente, cientistas pensavam que as fossas eram felinas, mas elas são, na verdade, membros da família do mangusto. Esse é um erro fácil de se cometer, devido à sua aparência estranha. Elas têm focinhos caninos e corpos felinos e são os maiores predadores mamíferos de Madagascar, atingindo até dois metros de comprimento. São noturnas, e mais da metade de sua dieta consiste de lêmures. Também comem répteis, aves e gado. Fossas são incrivelmente ágeis, com suas longas caudas dando-lhes uma excelente estabilidade quando se deslocam de galho em galho. Suas garras são retráteis, o que significa que ficam afiadas e não são gastas a toa. Infelizmente, fossas estão se tornando cada vez mais raras – não só os seres humanos as matam por atacar o gado, como também destruíram 90% de seu habitat.
2. Cobra nariz de folha
A grande maioria das cobras de Madagascar são únicas da ilha, mas poucas são tão estranhas quanto a cobra nariz de folha (Langaha madagascariensis). Esses répteis, que gostam de se pendurar em galhos no alto das árvores, têm apêndices nasais bizarros. A espécie possui um dimorfismo sexual extraordinário: as fêmeas podem ser claramente identificadas porque suas saliências nasais são mais elaboradas e serrilhadas, enquanto os machos têm apêndices mais longos e pontudos. Estas saliências estão presentes desde o nascimento, de modo que não são usadas para a sinalização sexual. Em vez disso, cientistas pensam que são usadas para fins de camuflagem, uma vez que as cobras têm o hábito de emboscar presas. Seus apêndices nasais lembram folhas de algumas plantas nativas de Madagascar, o que significa que os lagartos arborícolas que elas comem não as veem se aproximar até que seja tarde demais.
1. Aranha à prova de balas
Kevlar é um material muito resistente, certo? Por isso é usado em coletes à prova de balas. Bem, perto da teia da aranha Caerostris darwini, está mais para papel higiênico. A seda desse inseto é 10 vezes mais forte do que Kevlar e duas vezes mais resistente q
ue qualquer seda descoberta anteriormente. Isso significa que pode atingir tamanhos gigantescos: pode cobrir três metros quadrados e muitas vezes são suspensas sobre rios ou córregos com até 25 metros de diâmetro. Algumas foram achadas com mais de 30 insetos presos, principalmente efeméridas. A força e o tamanho das teias significam que podem ser colocadas em locais onde nenhuma outra aranha poderia viver, reduzindo a competição por alimento e espaço. Nada mal para uma espécie cuja fêmea tem comprimento de cerca de 2,5 centímetros, e o macho um quarto desse tamanho.
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