Kowloon City: a cidade mais estranha do mundo


Um pouco de história


Durante a dinastia Song, que governou a China de 960 a 1279, a região serviu como uma fortaleza militar que tinha como principais objetivos evitar os ataques piratas e administrar a produção de sal – tudo isso antes que o território passasse a ser governado pelos britânicos.
No período da ocupação japonesa em Hong Kong – que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial – parte da cidade foi demolida para que o material fosse utilizado na construção do aeroporto. Assim que o Japão desistiu do território, a população aumentou drasticamente com o crescente número de invasões. Não demorou muito para que criminosos e usuários de drogas também ocupassem a cidade que ficou sobre o governo da Tríade Chinesa até 1974.
De acordo com o jornal The Daily Mail, no início da década de 1980, Kowloon ficou conhecida por seus bordéis, casinos e pontos de distribuição de drogas, como cocaína e ópio. Outras características que contribuíram para a fama da cidade eram os estabelecimentos que vendiam carne de cachorro e os dentistas que atendiam sem qualquer tipo de regulamentação.

Problemas diplomáticos


Pouco tempo depois, a cidade acabou sendo o estopim de um impasse diplomático entre a China e a Inglaterra, já que nenhum dos governos queria assumir a responsabilidade sobre Kowloon, mas ambos concordavam que os problemas da cidade estavam ganhando proporções intoleráveis, mesmo que as taxas de criminalidade tivessem diminuído nos últimos anos.
A qualidade de vida e as condições de higiene em que as pessoas viviam estavam muito aquém dos padrões encontrados em Hong Kong e então foi dado início a um plano de destruição da cidade. Logicamente, muitos moradores protestaram alegando que estavam felizes naquelas condições. Mas o governo não mudou de ideia e gastou 2,7 bilhões de dólares de Hong Kong (cerca de 770 milhões de reais) para evacuar a cidade entre os anos de 1991 e 1992. A demolição da cidade foi concluída em abril de 1994 e hoje o local abriga um parque que conta com algumas construções preservadas.

O olhar do outro


Abaixo, você confere algumas das imagens capturadas pelo fotógrafo Greg Girard durante os 5 anos que viveu em Kowloon. O que chama a atenção é a falta de iluminação natural nos espaços fechados, a sujeira e a desorganização que revelam um pouco das condições em que essas pessoas morava

1) Luzes



2) Crianças



3) Aeroporto



4) Telhados



5) Produção de carne



6) Produção de lámen



7) Convivência



8) Fábrica



9) Peixes e porcos



10) Sujeira




Fonte: Megacurioso

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