Terra plana no centro do universo? Não!
Uma das maiores surpresas
ao pesquisar mais a fundo a história é descobrir que, ao contrário do que
crescemos acreditando, naquela época as pessoas não acreditavam que a Terra era
plana, muito menos que ela seria o centro do universo.
Muito antes de Galileu,
Copérnico já havia quebrado essas teorias, sem ser punido por isso. Pesquisas
mais recentes apontam que “não havia praticamente um estudioso cristão da Idade
Média que não reconhecia a esfericidade do planeta. E alguns até mesmo
conheciam o seu perímetro aproximado”.
A bíblia foi trancada, mas foi uma conspiração
Até que Gutenberg
inventasse os equipamentos de reprodução tipográfica, durante grande parte da
Idade Média, todos os livros eram escritos à mão. Com isso, o trabalho de
reprodução era feito de forma árdua e os livros eram considerados extremamente
valiosos.
Entre os diversos títulos
reproduzidos por monges, estava a Bíblia. A fim de proteger as preciosas
cópias, os livros foram trancados. Não houve, na verdade, uma enorme
conspiração para que as pessoas lessem o livro, como muitos sugerem. A ideia
era, na verdade, garantir que todos pudessem ouvir suas histórias, fazendo com
que poucos tivessem acesso ao contato físico com os livros.
Também contrariando grande
parte das histórias sobre a Idade Média, a ação de manter as bíblias trancadas
não foi feita apenas pela Igreja Católica: a mais famosa “bíblia acorrentada”
foi, na verdade, uma ideia de Henry VIII, que mandou que a cópia fosse feita e
enviada à igreja protestante – que manteve o livro longe das mãos dos fiéis.
As pessoas não eram tão fedidas assim
Um dos mitos mais aceitos
sobre a Idade Média é o de que as pessoas cheiravam muito mal, mas isso passa
longe de ser a verdade. A ideia distorcida tomou proporções tão grandes que
algumas pessoas passaram espalhar a ideia de que o incenso foi criado pela Igreja
para disfarçar o cheiro de tantas pessoas em um só lugar.
Na verdade, o incenso
sempre fez parte de rituais da igreja e teve suas origens em sacrifícios da
religião judaica. Outro mito ainda maior que se juntou a esse seria o de que
casamentos eram feitos preferencialmente em maio ou junho, pois, devido ao
clima, nestes meses as pessoas não cheiravam tão mal. Isso também é mentira,
afinal, os casamentos apenas não eram permitidos no período da quaresma.
Voltando ao mau cheiro, na
verdade, quase todo mundo tomava banho todos os dias e, inclusive, ele foi
incorporado a várias cerimonias e ritos diários. A higiene era, na verdade,
bastante importante para a população de uma maneira geral – obviamente, existem
exceções, mas isso acontece até hoje. Inclusive, na época, eles até mesmo
esquentavam a água para os banhos em dias frios.
A pena de morte não era tão comum
Embora grande parte das
pessoas acredite no contrário, a pena de morte era uma punição utilizada apenas
em casos considerados extremamente graves para a época. Para que alguém
recebesse a sentença, era preciso que ela fosse responsável por assassinatos,
incêndios criminosos ou, acredite, a traição.
As decapitações não eram
exatamente como vemos nos filmes: elas não aconteciam o tempo todo e poucas
punições com a decapitação foram feitas em público. Na verdade, o caso mais
comum de execução era a forca, e as fogueiras foram usadas poucas vezes,
geralmente depois que o indivíduo já havia sido morto por enforcamento.
Os pobres não eram mantidos com fome
É claro que na Idade Média
também havia diferenças sociais. No entanto, os mais pobres não ficavam sem
alimentos. Os camponeses recebiam diariamente pães e uma porção de mingau, tudo
acompanhado de cerveja. Além disso, eles também recebiam alguns pratos mais
substanciais, dependendo da disponibilidade na época.
Entre eles, estavam carnes
secas ou curadas, queijos, frutas e legumes. Além disso, patos, gansos e até
mesmo pombos não eram incomuns na mesa dos camponeses. Alguns deles tinham até
mesmo mel para acompanhar as refeições.
Enquanto isso, os ricos
contavam com uma enorme variedade de cortes de gado e ovelhas, além de uma
série de pratos condimentados. De qualquer forma, mesmo que os pobres não
pudessem pagar pelo luxo, eles recebiam uma refeição considerada mais adequada
do que muitos lanches de fast food atuais.
A violência não era generalizada
Uma das ideias erradas que
se tem é que, ao longo da Idade Média, era bastante comum ver casos de
violência e mortes. A verdade é que, como em qualquer época, aqueles tempos
também tinham violência, no entanto, pesquisadores afirmam que nada ainda supera
os feitos de Stalin e Hitler.
Historiadores modernos já
assumiram que a Inquisição não foi tão sanguinolenta quanto aquilo que é
mostrado em livros e filmes. Casos que vemos atualmente, como genocídio,
assassinatos em série e assassinatos em massa, era algo praticamente
inexistente na Idade das Trevas – tanto é que existem apenas dois casos
conhecidos sobre assassinos em série durante toda a Idade Média.
Fonte: ListVerse
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