1 – Jupará
Jupará é um mamífero
arborícola noturno da mesma família dos quatis e guaxinins. Tem a pele dourada
e uma cauda que pode agarrar galhos. Come principalmente frutas e insetos,
usando sua língua de 12 centímetros de comprimento para agarrá-los, e também para
lamber o néctar das flores. Possui cerca de 60 cm de comprimento, e chega a
pesar 3 kg. Também é conhecido como quincaju (do inglês Kinkajou) ou urso de
mel.
2 – Poraquê
Morador de rios turvos, o
poraquê ou enguia elétrica pode atordoar humanos. Esse peixe, que não é uma
enguia (apesar do nome), pode chegar a três metros de comprimento e pesar cerca
de 30 kg. É uma das espécies de peixe-elétrico, com capacidade de geração
elétrica que varia de cerca de 300 volts a cerca de 0,5 ampères até cerca de
1.500 volts a cerca de três ampères.
O nome poraquê vem da
língua tupi e significa “o que faz dormir” ou “o que entorpece”, em referência
às descargas elétricas que produz. Mas as mortes atribuídas a este animal são
geralmente devido a afogamento, quando a vítima paralisada fica incapaz de
nadar.
3 – Rã da flecha venenosa
Esse nome engloba rãs da
família Dendrobatidae, cujos membros têm a particularidade de produzirem
toxinas potentes na pele. Você pode achar as rãs coloridas “fofas”, mas essas
cores fortes servem para avisar seus predadores de que elas estão entre as
criaturas mais tóxicas da Terra. Algumas são tão potentes que meramente tocar o
animal pode gerar uma dose letal.
O nome desse grupo vem do
fato de que os índios costumam usar essas rãs para fazer flechas, ou dardos,
venenosos.
4 – Formiga-cabo-verde ou tocandira
Essa é a maior formiga do
mundo. Com 18 a 25 mm e coloração avermelhada-escura, essa formiga do tamanho
do seu dedo mindinho parece uma vespa e tem uma mordida correspondente à fama.
Apesar de viver em
colônias, geralmente na base de uma árvore, essa formiga é solitária durante o
dia. Reza a lenda que a dor de sua picada demora 24 horas para desaparecer, e
que algumas tribos locais a usam em cerimônias de iniciação, em que os jovens
têm de suportar picadas repetidas sem fazer um som. As mulheres são poupadas
desse sofrimento.
Pode ter vários nomes,
como tocandira, formigão, formigão-preto, chia-chia. Em inglês e espanhol, é
conhecida como formiga bala.
5 – Basilisco ou lagarto Jesus
O Basiliscus basiliscus é
uma espécie de lagarto que tem a habilidade (compartilhada com outros lagartos
do gênero Basiliscus) de correr sobre a água sem afundar, o que lhe rendeu o
apelido (em inglês) de lagarto Jesus Cristo.
Para fugir de predadores,
este réptil pode correr ao longo da superfície da água usando a tensão
superficial para suportar brevemente o seu peso (por 8 km, mais ou menos, até
ele ter que começar a nadar). Essa habilidade incrível é devido à anatomia das
patas traseiras do lagarto, com seus dedos alongados e unidos por membranas.
Quanto menor e mais leve o indivíduo, maior a distância percorrida sem afundar.
Eles possuem normalmente 25 centímetros de comprimento, mas alguns indivíduos
podem chegar a 75.
6 – Morcego-pescador
Evitando a dieta típica de
insetos dos morcegos, a maior espécie de morcego do mundo tem garras como a de
uma água marinha. Em inglês, é chamado também de morcego buldogue por causa de
seu focinho canino. Na escuridão da noite, o morcego-pescador, em voos rasantes
sobre a superfície de águas calmas como lagoas e baías, usa um sistema de
ultrassom para detectar pequenas turbulências feitas pelos cardumes,
alimentando-se assim dos peixes, bem como de crustáceos (essencialmente
camarões) e às vezes insetos como traças e besouros.
7 – Sapo vidro
Esse é o apelido dos sapos
da família Centrolenidae, que são translúcidos. Ou seja, seu corpo é totalmente
transparente, permitindo-nos ver até seus órgãos internos, incluindo o
bombeamento de seu coração. A vantagem do corpo transparente é que ele assume a
tonalidade da vegetação circundante, tornando difícil de ver o sapo (evitando
assim predadores).
8 – Jequitiranabóia ou
cobra-cigarra
Esse inseto, conhecido em
inglês como “inseto cabeça de amendoim”, é um bicho muito esquisito,
completamente indefeso, mas que parece ter alguns mecanismos de “camuflagem” em
seu corpo, como a protuberância bulbosa de sua cabeça, que se parece muito com
amendoim sem casca, e que os cientistas acreditam que imita a cabeça de um
lagarto, a fim de deter predadores curiosos. Ele também tem asas com manchas
que se parecem com os olhos de uma coruja.
9 – Urutau
Durante o dia, o urutau
repousa em cima de um ramo morto, perfeitamente imóvel. Foi apelidado até de
“ave fantasma” por causa de sua camuflagem extraordinária, por imitar
perfeitamente um toco de árvore morto ou quebrado. Suas penas parecem casca de
árvore, e suas pálpebras têm uma fenda que permite que o pássaro veja mesmo
quando seus olhos estão fechados. Eles normalmente ficam parados mesmo quando
abordados por um outro animal ou humano, e só voam quando sentem que foram
descobertos.
Como ele é noturno, e come
insetos voadores, seu “comportamento estátua” durante o dia serve para se
esconder de predadores – que eles quase não têm, afinal, é extremamente difícil
encontrá-los. Filhotes aprendem desde cedo a “congelar na posição”, mas imitam
geralmente fungos.
10 – Candiru
O candiru, também chamado
de canero ou peixe-vampiro, ou peixe palito em inglês, é uma criatura
desagradável que nada até o trato urogenital de banhistas e se aloja lá. A
remoção do peixe por cirurgia é o único tratamento.
Esses finos, pequenos,
quase transparentes parentes de bagre estão entre os poucos vertebrados
hematófagos, ou seja, se alimentam do sangue de outros peixes. Os candirus
fazem isso se ancorando a eles com uma série de espinhos em forma de gancho.
Uma infestação severa pode enfraquecer e, eventualmente, matar uma vítima
infeliz. Eles também se alimentam de peixes mortos, comendo-os de dentro para
fora.
Às vezes, ele nada para
dentro da uretra ou do ânus de homens e mulheres distraídos em rios da
Amazônia, e fica preso lá por causa de suas espinhas em gancho. Isso é muito
doloroso e potencialmente mortal, porque quando a vítima humana deixa a água, o
peixe morre e seu corpo começa a apodrecer. A infecção por esse peixe já causou
mortes em partes remotas da América do Sul, onde não há muitos hospitais.
Fonte: Hyperscience
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