A Bíblia não só é o livro mais vendido do mundo como também é alvo de todo tipo de estudo, passando por historiadores, antropólogos, religiosos, teólogos e por aí vai. Há, porém, uma pesquisa recente que está gerando polêmica: o norte-americano Bart D. Ehrman publicou um livro no qual afirma que 11 livros do Novo Testamento foram escritos por impostores.
O autor explica, em trechos de entrevista publicados no portal Paulopes, que “havia muita gente no mundo antigo que recorreu à mentira por achar que estava prestando um serviço”. O artigo em questão usa como exemplo alguns trechos atribuídos ao apóstolo Paulo, no livro Timóteo, relatando o momento de sua execução.
Forjado?
Fonte da imagem: Pixabay
E aí é que entra o autor Ehrman, explicando os relatos a respeito da morte do apóstolo Paulo, inventados e colocados na Bíblia, sem nunca terem sido escritos pelo próprio apóstolo, que era, inclusive, analfabeto.
O livro de Ehrman chama-se “Forjado” e semeia a ideia de que, na época em que foram escritos, os livros da Bíblia não tinham autores – como muitas obras escritas então –, e foi apenas com o passar do tempo que os nomes foram adicionados por copistas.
Contradições
Fonte da imagem: Pixabay
O autor usa como base de comparação uma contradição presente em Coríntios 1, quando, em um primeiro momento, Paulo diz às mulheres que elas devem ir à igreja e depois fala que o melhor é ficar em casa e pedir informações aos maridos, se quiserem. De acordo com Ehrman, essa é uma evidência de que os dois textos não foram escritos pelo mesmo autor.
Segundo Ehrman, essa prática de escrever textos bíblicos e assinar como se fossem de alguma personalidade religiosa conhecida era comum entre os povos daquele tempo, que precisavam estabelecer padrões de religião e, consequentemente, de sociedade.
0 comentários:
Postar um comentário
Faça seu comentário/Deja un comentario/Leave a comment