Uma rocha branca em pleno Planeta Vermelho




A expedição do robô Curiosity, da Nasa, pela baía de Yellowknife, na cratera Gale, no Planeta Marte, segue revelando grandes surpresas para a comunidade científica. A novidade da vez é uma intrigante rocha que se diferencia de todo o resto do solo marciano (predominantemente vermelho) por conta de sua cor branca reluzente.


Este achado é resultado de uma casualidade: há alguns dias, o Curiosity passou sobre esta rocha, agora batizada de Tintina, e a partiu em dois pedaços. Foi aí que os pesquisadores repararam na diferenciada coloração brilhante e branca do interior desta rocha. O passo seguinte da investigação consistiu em tirar algumas fotografias com a câmera Mastcam, localizada no mastro do robô, capaz de capturar imagens infravermelhas. 


Desta maneira, segundo explicaram os pesquisadores na Conferência de Ciências Lunares e Planetárias, foi detectada a presença de água nos minerais que compõem a Tintina. Como explica Melissa Rice, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, "quando as veias das rochas parecem mais brilhantes, isso significa que ela contém minerais hidratados".


O achado acaba por apontar a existência de mais uma evidência de que haveria água em Marte há muito tempo atrás. E, quem sabe, a Tintina, esta brilhante rocha branca, acidentalmente partida pelo Curiosity, irá se transformar em um ícone do passado habitável do Planeta Vermelho.

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